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Como começar a vender no e-commerce? Especialista explica como montar sua loja online

Um passo a passo para fazer certo já na primeira vez com dicas de Ricardo Garrido, diretor de marketplace da Amazon

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Por Flamínio Fantini

Vender produtos pela internet, o chamado e-commerce, virou a grande aposta para muitos que querem começar um negócio próprio do zero. Uma das opções mais procuradas são os marketplaces, espécie de centro de vendas on-line, onde diferentes lojas podem oferecer seus produtos em uma única plataforma, como um shopping center virtual.

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Mercado Livre, Amazon, Magazine Luiza e Casas Bahia são alguns exemplos de marketplaces populares. Esses sites, além de oferecer produtos próprios, também operam como vitrine para mercadorias de outros estabelecimentos.

Para buscar orientações sobre esse caminho, entrevistamos Ricardo Garrido, diretor de marketplace da Amazon no Brasil, um dos mais conhecidos do e-commerce.

“O maior potencial do marketplace, diante de outras possibilidades que as pessoas têm para empreender, quando estão criando um negócio próprio, é conseguir expandir o seu público para muito além da sua vizinhança. Atingir um público maior do que uma franquia ou pequena loja no seu bairro e ir para o Brasil inteiro”, explica.

Mercado Livre, Amazon e Magazine Luiza são alguns exemplos de marketplaces populares. Esses sites, além de oferecer produtos próprios, também operam como vitrine para mercadorias de outros estabelecimentos Foto: Aline Bronzati/Estadão; Gonzalo Fuentes/Reuters; Felipe Rau/Estadão

Segundo ele, 77% das vendas das pequenas e médias empresas (PME) na Amazon se destinam a outros Estados, fora daquele onde esses vendedores estão sediados. Atualmente, a plataforma tem mais de 50 mil vendedores, com 99% na categoria de PME.

Segundo Garrido, muitos pensam que o “e-commerce é um bicho de sete cabeças, difícil de entrar e se preparar”. Ao contrário dessa visão, os marketplaces possibilitam acesso simplificado a empreendedores com pouca iniciação no mundo digital e sem capacidade para entregar em todos os Estados.

A seguir, um guia para começar bem no marketplace, elaborado a partir das recomendações de Ricardo Garrido.

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Quem pode vender

O acesso ao e-commerce é amplo, pois permite a entrada de donos de pequenos negócios com CNPJ (microempresas, empresas de pequeno porte ou microempreendedores individuais) e mesmo pessoas físicas. No marketplace, estarão ao lado de firmas de médio porte e de grandes companhias.

Investimento inicial

Não há valor estabelecido para começar. O básico do básico é você se registrar no site e listar um ou mais itens para venda. Pode ser até um indivíduo que tem livros usados em casa e quer se desfazer deles. O pagamento se dá em 30 dias.

Valor das comissões pagas

Para cada compra efetuada, o marketplace fica com uma comissão, conforme a categoria. Alguns exemplos, no caso da Amazon: eletrodomésticos de linha branca (8%), comidas e bebidas (9%), brinquedos e jogos (12%), celulares (13%), beleza (13%), papelaria e escritório (14%) e roupas (15%). É a mesma para qualquer porte de vendedor, e não existe volume mínimo.

O que vender

Todas as categorias têm muito potencial. Estude o mercado. Os cosméticos, por exemplo, têm muito público no Brasil, mas também uma competição mais feroz. Eletrônicos trazem receita maior, contudo há presença forte de grandes empresas. Neste caso, é possível entrar com acessórios, de custo mais baixo. A mercadoria deve ser boa e resolver um problema do consumidor.

Produtos com diferencial

Para escolher sua área de atuação, um bom começo é pensar em algo que tenha um diferencial, pelo caráter único em si: algo que você mesmo criou ou inventou. Deve ter características suas, a sua história, o que você conhece, o que você gosta, a sua paixão. Para isso, não há concorrência.

Ofereça preços mais baixos

Se você não tem um produto único, pode atuar como revendedor de algo já existente no mercado. É uma opção que funciona bem, mas haverá muitos atuando na mesma área, é claro. Um caminho é oferecer o melhor preço possível.

Centro de distribuição do Mercado Livre em Louveira, no interior de São Paulo Foto: Mercado Livre/Divulgação

Adote um programa de logística

No lugar de você mesmo estocar os itens, empacotar e entregar, é possível contratar um programa de logística, como o FBA, da Amazon. Basta levar até um Centro de Distribuição (CD) do marketplace, onde ficarão armazenados e o resto fica por conta da empresa.

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Quando um cliente efetua uma compra, o marketplace separa o item, faz o pacote, envia para o endereço dele e, se houver algum problema, realiza a troca. O marketplace cobra pela prestação destes serviços.

Há ainda a possibilidade do marketplace retirar diretamente a mercadoria na empresa do vendedor.

Rapidez nas entregas

O consumidor está cada vez mais exigente em relação ao prazo de entrega. Quem não conseguir entregar com muita velocidade, corre o risco de ficar fora do jogo.

Selo preferencial

Ao ingressar num programa de logística, você recebe um selo preferencial do marketplace para seu produto, o que facilita ser descoberto pelos clientes preferenciais e possibilita frete grátis e rápido para todo o Brasil. No caso da Amazon, é o selo Prime.

Ricardo Garrido é diretor de marketplace da Amazon no Brasil Foto: Paulo Vitale/Divulgação

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Para ser descoberto pelos consumidores ajuda muito a publicidade paga na própria plataforma, uma ótima maneira de dar um empurrão inicial.

Capriche na apresentação

É fundamental a qualidade das informações sobre o produto na página do marketplace. O consumidor faz sua descoberta escrevendo simplesmente na barra de busca o que está procurando. É importante ter fotos fidedignas e contar com boas avaliações dos clientes.

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