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STF pede que PGR se manifeste sobre ameaça a Rueda após episódio de incêndios

Presidente eleito do União Brasil, Antônio de Rueda, entrou com petição no Supremo contra correligionário Luciano Bivar; em meio à crise, duas casas de Rueda pegaram fogo em Pernambuco

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Por Zeca Ferreira
Atualização:

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta sexta-feira, 15, que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre a petição apresentada pelo vice-presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, na qual o dirigente partidário alega ter sido ameaçado de morte pelo presidente da sigla, Luciano Bivar. A informação foi inicialmente publicada pelo jornal O Globo, e confirmada pelo Estadão.

Rueda foi eleito o novo presidente do União Brasil em 29 de fevereiro, após uma tentativa de “virada de mesa” de Bivar, que ocupa o cargo e tentou cancelar a convenção. A posse do dirigente está prevista para ocorrer em maio. Porém, há uma disputa pelo controle do partido, que foi criado em 2022 como resultado da fusão entre o DEM e o PSL. As duas alas, no entanto, nunca se acertaram.

O advogado Antônio de Rueda, presidente eleito do União Brasil, deve assumir em maio Foto: Denise Andrade/Estadão

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Em meio à crise partidária, duas casas de Rueda pegaram fogo simultaneamente na noite desta segunda-feira, 11. Os imóveis ficam na Praia de Toquinho, na cidade de Ipojuca, na região metropolitana do Recife, capital de Pernambuco. O incêndio foi confirmado pelo advogado à Coluna do Estadão. Após o episódio, Bivar foi apontado por aliados de Rueda como mandante dos incêndios. O presidente do partido, porém, afirmou que tem sido alvo de ilações a respeito do caso. Bivar disse ainda que foi roubado pela mulher do correligionário, Florinda Rueda.

Rueda ainda afirma que Bivar o ameaçou em meio à disputa pela chefia do partido. Procurado, o parlamentar não se manifestou.

Nesse contexto, a ala majoritária do União Brasil solicita a expulsão de Bivar. O grupo se reuniu nesta quarta-feira, 13, após os incêndios.

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Reprodução de imagem que mostra casa do recém-eleito presidente do União Brasil, Antônio de Rueda, pegando fogo  Foto: @vaugustotenorio via X

Os motivos apontados na representação contra Bivar, protocolada pela ala do União ligada a Rueda, são:

  • Ofensas e ameaças. Alegam que Bivar ameaçou de morte o vice-presidente e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;
  • indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas do vice-presidente e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda;
  • violência política contra mulher;
  • validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido e mesmo após parecer do Ministério Público Eleitoral em processo judicial que tramita no Tribunal Superior Eleitoral contrário à desfiliação.

A representação tem pedido cautelar de afastamento da função e expulsão com cancelamento de filiação de Bivar. O grupo alega que o presidente feriu o estatuto e o código de ética, fidelidade e disciplina partidárias do União Brasil.

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