BRASÍLIA — Candidatos do Podemos às prefeituras de São Bernardo do Campo e no Guarujá pediram à Justiça Eleitoral reforço de segurança às suas candidaturas após o ataque a tiros contra o prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio (Podemos), que tenta a reeleição. Aprígio foi atingido no ombro por disparos na última sexta-feira, 18. A Polícia Civil investiga o caso e já identificou um suspeito por ter realizado o atentado.
Farid Madi (Podemos), do Guarujá, entrou com o pedido após o Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo levar ao conhecimento do Ministério Público do Estado suspeitas de envolvimento de vereadores e agentes públicos com o Primeiro Comando da Capital.
Integrantes da campanha de Farid dizem que ele já anda escoltado por seguranças desde o primeiro turno.
Já Marcelo Lima (Podemos) pediu à Justiça Eleitoral e ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforço de segurança para sua candidatura e para a do seu adversário no segundo turno, Alex Manente (Cidadania),
“Isso nos demonstra muita preocupação. A minha família ficou muito preocupada e quase não me deixou sair de casa”, disse Marcelo. “Eu realmente oficializei ao governador do Estado e à Justiça Eleitoral segurança à nossa candidatura e também à candidatura do nosso adversário.”
Aprígio foi alvejado após atos de campanha na semana passada. “No caminho para uma coletiva de imprensa na nova sede da prefeitura, o veículo oficial foi alvo de tiros”, diz trecho de nota publicada pela Prefeitura de Taboão da Serra. Após o atentado, o prefeito foi encaminhado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, onde recebeu os primeiros socorros. Posteriormente, foi transferido para o Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. De acordo com a nota do Poder Executivo, o prefeito já estava estável neste sábado, 19, mas seguia internado. Não houve atualizações no estado de saúde de Aprígio neste domingo.
Após a publicação da reportagem, a campanha de Manente procurou o Estadão para contestar a ação do candidato do Podemos em São Bernardo do Campo. Manente diz que se trata de um “factoide” inventado por Lima. Veja a nota na íntegra:
“Sobre a reportagem “Candidatos em São Bernardo e Guarujá pedem reforço de segurança após atentado em Taboão da Serra”, publicada no dia 20 de outubro, informo não ter autorizado o senhor Marcelo Lima a falar em meu nome em supostas manifestações que fez à Justiça Eleitoral e ao governo de estado. Lima tentar criar factoides para desviar o foco de atenção das irregularidades que surgiram na imprensa nacional na semana passada (inclusive no Estadão) sobre sua campanha e seu passado, incluindo o fato de ser réu numa ação penal envolvendo contrato de lixo quando era secretário de Serviços Urbanos, sobre denúncia que fiz sobre roubo de material da minha campanha, sobre pichação de um carro de uma aliada e sobre ligações dele com políticos investigados.”
