O ex-deputado federal pelo Rio e ex-presidenciável Cabo Daciolo voltou a percorrer os corredores da Câmara na tarde dessa quarta-feira, 24. Acompanhado por advogados, ele visitou gabinetes de parlamentares fazendo campanha contra a cassação do deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ), preso há um mês suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco (PSOL).
À Coluna do Estadão, Daciolo afirmou que a prisão do parlamentar foi ilegal porque não houve flagrante, pressuposto para justificar a detenção de uma pessoa com foro privilegiado.
O ex-deputado fluminense também defendeu a soltura de Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e do ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, presos pelo mesmo motivo. Todos negam participação no crime.
O plenário da Câmara, em sessão tensa no dia 10 de abril, votou para manter Chiquinho Brazão preso. Agora, sua cassação será analisada no Conselho de Ética da Casa. Quatro deputados já desistiram de relatar o caso. Agora, o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA), escolherá o relator entre Joseildo Ramos (PT-BA), Jorge Solla (PT-BA) e Jack Rocha (PT-ES).
Cabo Daciolo foi candidato à Presidência da República em 2018, pelo Patriota, quando ficou conhecido por misturar o discurso religioso com o humor nos debates de candidatos. Antes, foi deputado federal. Em 2022, tentou ser candidato ao Senado no Rio de Janeiro, pelo PDT, quando recebeu 4,32% dos votos válidos.