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Arcabouço fiscal: Haddad diz que não há alteração na proposta já divulgada

Ministro da Fazenda afirma que texto passa apenas por aperfeiçoamentos após linhas gerais serem apresentadas

Foto do author Amanda Pupo
Por Amanda Pupo (Broadcast)

BRASÍLIA – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 10, que as decisões políticas sobre o novo arcabouço fiscal já estão tomadas e que o momento é de trabalho “técnico” para aperfeiçoamento da redação. Ele afirmou ainda que a proposta divulgada na semana retrasada não sofreu alterações internas pelo governo.

“Não tem nenhuma alteração em relação ao que foi dito naquele dia”, disse Haddad a jornalistas após voltar de reunião na Casa Civil para debater detalhes do texto.

As linhas gerais da regra proposta pelo governo para substituir o atual teto de gastos foram apresentadas no dia 30 por Haddad, mas o texto final, com ajustes, ainda não é público. O arcabouço prevê zerar o rombo nas contas públicas (déficit primário) no ano que vem, gerar saldo positivo (superávit primário) de 0,5% do PIB em 2025 e de 1% em 2026, com tolerância de 0,25 ponto porcentual para cima e para baixo.

Arcabouço fiscal é um dos principais temas tratados pelo Ministério da Economia no início de 2023 Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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Reforçando que o momento é de aperfeiçoamento da redação, Haddad evitou cravar o dia exato para envio da proposta ao Congresso. A expectativa, confirmada por ele mais cedo, é que o texto siga para o Parlamento junto ao projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “É provável”, respondeu o ministro ao ser questionado se a proposta seguiria para o Congresso até sexta-feira, 14, com a PLDO, que precisa ser apresentada até o dia 15 de abril.

“Técnicos vão redigir decisões tomadas e (o envio) fica a cargo do Planejamento, da Fazenda. Feita a redação, tem até sexta para entregar. Eles (a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin) vão tomar a decisão assim que estiverem com o texto validado”, citou Haddad, já que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estarão fora do País, em viagem à China. “As decisões políticas já foram tomadas, agora é trabalho técnico de aperfeiçoamento da redação”, afirmou.

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