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Cláudio Castro, do PL, é reeleito governador do Rio de Janeiro

Atual governador venceu no primeiro turno, com 58,67% dos votos válidos. Veja o resultado de todos os candidatos

Foto do author Rayanderson Guerra
Foto do author Marcio Dolzan
Por Denise Luna (Broadcast), Rayanderson Guerra , Marcio Dolzan e Gabriel Vasconcelos (Broadcast)
Atualização:

O candidato do PL ao governo do Rio de Janeiro, e atual governador, Cláudio Castro, venceu a disputa fluminense no primeiro turno na eleição para governador, com 58,67% dos votos. Em segundo lugar ficou Marcelo Freixo (PSB), com 27,38% da preferência dos eleitores.

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Castro era vice do governador Wilson Witzel, que sofreu impeachment em abril do ano passado. Na eleição para o governo do Rio, o atual governador teve apoio do presidente Jair Bolsonaro, do mesmo partido, enquanto Freixo foi apoiado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De desconhecido vice-governador a comandante do terceiro maior colégio eleitoral do País, Castro assumiu o Palácio Guanabara após o impeachment de Witzel, acusado de corrupção na Saúde durante a pandemia da covid-19. Witzel nega as acusações e aponta suposta montagem política, “com o dedo de Bolsonaro”, na sua deposição.

Durante sua campanha, Castro, advogado e cantor gospel, defendeu o presidente Bolsonaro, mas também fez acenos para o então líder nas pesquisas eleitorais, o ex-presidente Lula, ao declarar que não via ameaça ao País em uma eventual volta do petista ao poder.

Antes do resultado oficial, Castro disse que sua campanha não se dedicou a fazer críticas aos adversários: “Não usamos nem um espaço que nos foi concedido para falar mal dos outros.” Disse ainda que fez “uma campanha limpa, de propostas, campanha onde a gente conseguiu demonstrar o que a gente fez e aquilo que a gente pretende fazer nos próximos quatro anos.

Governador Cláudio Castro participa de ato com apoiadores Foto: Divulgação/Claudio Castro/Facebook

Castro avaliou positivamente a própria gestão. “[Foram] dois anos onde quase um ano e meio foi dentro de uma pandemia. Ainda assim, o Rio de Janeiro hoje é um estado organizado, com as contas em dia, voltando a gerar emprego, voltando a ser atrativo para as empresas virem para cá, onde as políticas sociais foram retomadas”, declarou, após votar na Escola Municipal Golda Meir, na Barra da Tijuca.

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Aliado de Bolsonaro, Castro contou com o apoio do bolsonarismo no Estado para se eleger. A campanha dele foi alavancada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que venceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em seu reduto eleitoral, o Rio de Janeiro. Candidato à reeleição, Bolsonaro atingiu 51% dos votos válidos contra 40,7% do petista.

Outro alvo de Bolsonaro e Castro foi o público evangélico, maioria no Estado. Aliado a pastores, como Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), Castro participou de cultos e eventos de cunho religioso ao lado do presidente. Neles, agitou fortemente a agenda de costumes, com ataques ao aborto e à descriminalização das drogas.

Após a vitória, Castro afirmou que não fará “um governo de ataques”. Disse ainda que muito pouca coisa vai mudar. Defendeu fazer “uma polícia que faça o trabalho dela, mas também o trabalho social”.

“Vamos ter que fazer uma reorganização orçamentária”, declarou.

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Em entrevista no fim da noite, o candidato derrotado, Marcelo Freixo (PSB), defendeu que a necessidade de formar uma frente ampla no estado para eleger Luiz Inácio Lula da Silva presidente, no segundo turno, se tornou “inquestionável”.

Na entrevista em que analisou a derrota e assumiu o erro do campo de esquerda em não detectar o bolsonarismo latente no estado e no Brasil, Freixo disse que vai se dedicar à campanha de Lula no Estado.

“A vida não é novela, não tem último capítulo. A gente precisa fazer Lula vencer a eleição, para o bem da democracia, para o bem da Constituição de 88. É o que temos que fazer a partir de hoje”, disse.

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O candidato do PSB disse que procuraria o prefeito Eduardo Paes e seu partido, o PSD, além de legendas como PDT e Cidadania, para discutir esforços nesse sentido. Ele reconheceu a importância de Paes ter apoiado Lula já no primeiro turno e disse contar com o prefeito na segunda etapa.

“Essa frente ampla no Rio para eleger Lula já era e agora é ainda mais inquestionável”, disse Freixo.

Veja os votos para cada candidato a governador no Rio de Janeiro:

  • Cláudio Castro (PL): 4.930.288 votos (58,67%)
  • Marcelo Freixo (PSB): 2.300.980 votos (27,38%)
  • Rodrigo Neves (PDT): 672.291 votos (8%)
  • Paulo Ganime (Novo): 446.580 votos (5,31%)
  • Juliete (UP): 27.344 votos (0,33%)
  • Cyro Garcia (PSTU): 12.627 votos (0,15%)
  • Brancos: 591.576 votos (5,98%)
  • Nulos: 899.276 votos (9,09%)
  • Abstenções: 2.915.468 votos (22,76%)

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