Setembro é, tradicionalmente, um mês de lançamentos de novidades do ecossistema Apple - em especial, do iPhone, que ganha uma nova versão anualmente no mês da primavera. Neste ano, o evento que vai anunciar o novo iPhone 16 será na segunda-feira, 9, a partir das 14h (horário de Brasília) e poderá mostrar celulares com alterações de design de câmeras, botões e muitos recursos de inteligência artificial (IA). O Estadão estará no evento que ocorre na sede da empresa, em Cupertino, na Califórnia.
Para o iPhone 16, a maior mudança esperada é a inclusão de ferramentas de IA e a novas configurações das câmeras traseiras para os modelos mais “básicos” do telefone. Além disso, as baterias podem ficar um pouco maiores e as telas podem ser ligeiramente estendidas nos modelos Pro.
É possível que os aparelhos tenham chips de memória e processamento independentes para suportar uma capacidade de processamento maior, já que os novos modelos devem vir equipados com a IA da empresa californiana.
O principal objetivo é evitar o superaquecimento do aparelho, um problema que o iPhone apresenta constantemente mesmo sem as ferramentas de IA — no lançamento do iPhone 15, muitos usuários reclamaram da temperatura do aparelho ao carregar ou mesmo no uso de apps simples, como o Instagram.
Agora, com a pretensão de alcançar rivais no mercado que oferecem serviços de inteligência artificial, a configuração desses componentes pode ser ainda mais importante, mesmo que não fiquem visíveis para os usuários.
A bateria também deve entrar nesse combo de funcionamento em prol da IA e ter versões maiores. Segundo o site especializado MacRumors, o iPhone 16 Pro terá bateria de 3.577 mAh e o iPhone 16 Pro Max, 4.676 mAh. O aumento na capacidade é de quase 10% em relação ao iPhone 15 em alguns modelos e pode ser um sinal de que o processamento de IA vai estar, de fato, nas atividades principais do telefone.
Com a chegada ou não de novos recursos de IA, é esperado que a Apple responda algumas perguntas que ficaram em aberto quando apresentou o Apple Intelligence pela primeira vez, durante a WWDC, evento de desenvolvedores da marca: quando os usuários poderão ter acesso a ela, como ela vai funcionar e como a parceria com a OpenAI deve impactar o desenvolvimento de seus próprios produtos na área, por exemplo.
iPhone
É possível que a primeira mudança que chame a atenção imediata do público seja a disposição das câmeras traseiras nos modelos básicos: ao invés das lentes na diagonal, o aparelho pode retornar a alinhar as câmeras verticalmente, sem o “quadrado” que abriga o componente na traseira - uma espécie de volta ao layout do iPhone X, ms com lentes com o triplo do tamanho.
De acordo com a Forbes, um novo botão físico deve fazer parte de todos os modelos de iPhone lançados neste ano pela Apple. A ideia é que ele seja um disparador de fotos, além de poder regular zoom e foco da imagem quando utilizado.
O botão ficaria na lateral direita do telefone, na parte inferior. Assim, quando o celular estivesse na horizontal para fazer fotos, o botão faria a função de um obturador de câmera - a ideia por trás da sensação de ter um botão posicionado no local.
No último ano, a Apple já havia mudado um botão importante do iPhone nos modelos Pro: a chave do modo silencioso do aparelho tinha se transformado em um botão de ação, em que o usuário pode configurar um app específico para usar toda vez que pressionar o botão.
Na onda do sucesso do botão de ação, a Apple pode estar prestes a confirmar uma tendência em que a tela sensível ao toque volte a dividir espaço com teclas físicas nos celulares - algo que pode ser adaptado em outras marcas, se o “disparador” tiver sucesso.
Entre as cores, a novidade é que o iPhone 16 pode resgatar uma cor bastante clássica e de muito sucesso nos modelos de meados de 2010: o rosé gold. Uma das versões Pro pode adotar a cor no acabamento em titânio, como foi o iPhone 15.
Além disso, a família Pro deve continuar com quatro cores: branco, preto e um cinza metálico, semelhante ao acabamento de titânio que a Apple trouxe no iPhone 15. A cor azul seria excluída do portfólio para esse ano, de acordo com a publicação.
Apple Intelligence
Como indica o logo do evento, batizado de “It’s Glowtime” - uma referência às cores e à animação brilhante da assistente de voz Siri - o Apple Intelligence deve marcar de vez o iPhone. A plataforma de IA da companhia californiana foi apresentada de forma tímida na WWDC, mas nunca foi lançada de forma embutida em um celular da marca.
Agora, ao que tudo indica, a IA deve vir de fábrica em algumas funções já embutidas no iPhone 16, além de uma possível grande atualização na Siri. Isso significa que a assistente de voz pode ser melhor integrada com os aplicativos dentro do celular, além de ficar mais inteligente durante as conversas e no armazenamento de informações.
Uma das apostas é que ela possa ser capaz de cumprir funções nativas a partir do comando de voz, e não apenas direcionar o usuário para aplicativos.
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Apple Watch
A empresa também deverá anunciar o modelo de Apple Watch Series 10, que virá com um design mais fino e uma tela maior. Além do modelo padrão, uma versão com corpo em plástico, em vez de alumínio, pode ganhar as lojas. De acordo com especialistas, essa versão teria uma resistência maior a arranhões e quedas e foi, inicialmente, pensada para crianças.
AirPods
Depois de uma atualização pequena no ano passado, a linha de AirPods, fones de ouvido sem fio da marca, pode receber um novo modelo neste ano - o rumor, porém, é um dos mais imporváveis nos últimos anos: desde que lançou os modelos, os fones tiveram quase nenhuma alteração de design e funcionalidades.
Agora, pode ser que a Apple invista em mudanças mais significativas nos seus fones de ouvido AirPods e AirPods Pro. Um novo modelo do AirPods Max, headphones da marca, porém, não deve dar as caras no evento da Califórnia.