Eduardo Sterblitch quer levar mais vida às pessoas: ‘Todo mundo está triste, confuso e doente’

O ator está em ‘Beetlejuice, O Musical’, no Teatro Liberdade, e poderá ser visto em breve em filmes como ‘Dois é Demais em Orlando’ e ‘O Auto da Compadecida 2′; ele falou ao Estadão sobre câimbra na garganta, talento e, enquanto ‘dava um tapa na barba’, revelou um sonho

PUBLICIDADE

Por Larissa Godoy
Atualização:

Entre uma corrida no táxi e um corte de barba. O bate papo por telefone com Eduardo Sterblitch, e seu humor característico, sinalizaram como a rotina do ator, humorista e pai de Caetano, fruto do seu relacionamento com Louise D’Tuani, está no momento. Nesta quinta-feira, 22, Eduardo estreia no Teatro Liberdade a temporada paulistana de Beetlejuice, O Musical, com o papel-título do espetáculo que teve a maior bilheteria de 2023 no Rio de Janeiro.

O ator Eduardo Sterblitch revela sonho de encenar importante peça da dramaturgia mundial, mas diz que ainda não é a hora Foto: Thalles Leamari/Divulgação

PUBLICIDADE

As expectativas são altas. Eduardo diz que a peça está melhor, mais madura. “O teatro tem disso. Quanto mais você faz, melhor você faz. É como andar de bicicleta”, brinca. O local também agrada o ator. “O Teatro Liberdade traz mais proximidade. Vai ser gostoso”, diz, enquanto pede ao barbeiro um “tapinha” na barba, “bem de levinho, exército, anos 30″.

Para dar vida ao personagem, o mergulho foi físico e também de muito estudo. “Eu abracei mesmo o personagem. Estou com dor nas costas, uma fascite plantar e câimbra na garganta”, conta.

Eduardo Sterblitch como Beetlejuice para o espetáculo 'Beetlejuice, o musical'. Temporada paulistana estreia nesta quinta-feira, 22. Foto: Leo Aversa Foto: LEO AVERSA

Na sua versão de Beetlejuice, Eduardo propõe uma mistura de referências com uma boa pitada de brasilidade. “O que eu fiz foi juntar as referências tanto da dramaturgia cinematográfica que o Michael Keaton propôs com Tim Burton, quanto o desenho animado e a peça musical também que eu assisti. Então eu fiz uma mistura das três coisas, botando o meu palhaço brasileiro no fim”, explica.

Ele segue: “Tudo que o Brasil toca melhora. Tudo que o Brasil toca é bom. Alguém inventa o futebol, o Brasil vai lá, melhora. Alguém inventa o sushi, o Brasil vai lá e faz o hot”, diz.

Com personagens emblemáticos ao longo de sua carreira, o humorista revelado pelo Pânico estará ainda no filme Dois é Demais em Orlando, que estreia em 28 de março, Grande Sertão, com lançamento previsto para maio, e também em O Auto da Compadecida 2, previsto para o dia do Natal.

“Só estou fazendo personagens de composição maneiro. Isso sempre foi meu sonho de criança. Eu sempre quis ser um grande artista, sempre quis ser um ator completo. Eu sou muito mais dedicado e estudioso do que talentoso. Então acho que vou continuar nessa de muito atencioso, muito dedicado e muito trabalhador mesmo”, diz.

Publicidade

Mais maduro e responsável, também como reflexo da paternidade, o ator segue com o objetivo de surpreender o público. “Isso é mais legal, porque todo mundo está triste, confuso e doente. Então é legal a gente ter alguém, algum palhaço, querendo surpreender, para fazer a gente se sentir mais vivo.”

Para isso, o teatro e a experiência ao vivo são fundamentais para o ator. Como o desejo de interpretar Esperando Godot, mas apenas no futuro. “Ainda não tenho maturidade para fazer, mas é o sonho da minha vida”, diz. É no palco que Eduardo se sente vivo.

“O teatro é muito vivo. Eu acho que se os ETs vissem a gente fazendo qualquer desses eventos ao vivo, eles diriam: ‘nossa, que absurdo! Olha que maravilhoso que eles conseguem fazer! Se reúnem para fingir que fazem outra coisa, que são outras coisas’”, brinca. “Eu acho que cada vez mais o teatro vai ter mais valor, com esses óculos de realidade virtual. Isso vai ser valioso. E assim, o teatro nunca vai morrer.”

Beetlejuice, o musical tem libreto original de Scott Brown e Anthony King e música de Eddie Perfect. A versão brasileira é de Claudio Botelho, com direção de Tadeu Aguiar, direção musical de Laura Visconti, cenografia de Renato Theobaldo e figurino de Dani Vidal & Ney Madeira. O elenco conta com 23 atores ao todo. Além de Eduardo Sterblitch, também estão presentes Ana Luiza Ferreira como Lydia Deetz, João Telles como alternante Beetlejuice, Lara Suleiman como alternante Lydia Deetz, Thais Piza como Barbara Maitland, Marcelo Laham como Adam Maitland, Flávia Santana como Delia Deetz e Joaquim Lopes como Charles Deetz.

Beetlejuice, o musical estreia nesta quinta-feira, 22, sua temporada em São Paulo, no Teatro Liberdade. Foto: LEO AVERSA

‘Beetlejuice, o Musical’ em São Paulo

Datas, Preços e Como Comprar Ingresso

A temporada de Beetlejuice, o Musical ocorre no Teatro Liberdade, localizado na Rua São Joaquim, 129, no bairro da Liberdade, em São Paulo. A estreia está marcada para 22 de fevereiro, com sessões programadas até 28 de abril. As apresentações ocorrem de quarta a domingo, nos seguintes horários: quartas, quintas e sextas às 21h; sábados em duas sessões, às 16h e às 21h; e domingos também em duas sessões, às 16h e às 20h30.

Os ingressos estão disponíveis para compra através da plataforma Sympla, apresentando os seguintes preços:

Publicidade

  • Plateia Premium: R$ 350 (inteira) / R$ 175 (meia)
  • Plateia: R$ 280 (inteira) / R$ 140 (meia)
  • Balcão A: R$ 240 (inteira) / R$ 120 (meia)
  • Balcão B: R$ 190 (inteira) / R$ 95 (meia)
  • A duração do espetáculo é de 2 horas e 30 minutos, incluindo um intervalo de 15 minutos, e é indicado para maiores de 10 anos.
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.